Um lutador sereno, equilibrado. Agressividade? Só no ringue. Na vida real, Antônio Rodrigo Nogueira, o Minotauro, busca a tranquilidade das artes marciais e sonha em levar os benefícios dessas artes para as escolas públicas do país. Em entrevista ao programa Impressões, que vai ao ar nesta segunda-feira (9), às 21h, na TV Brasil, o atleta conta como o esporte o ajudou a se tornar uma pessoa mais focada.
Na conversa com a jornalista Katiuscia Neri, Minotauro revela que o desejo de lutar veio aos quatro anos, assistindo a um torneio de judô do irmão mais velho. O irmão perdeu, mas ele afirmou, categórico: “pai, me coloca pra lutar que eu vou ser campeão”. E assim foi. Ao longo dos 16 anos de carreira, foram 46 lutas de MMA e 34 vitórias. Colecionador de cinturões do UFC e Pride, Minotauro é hoje embaixador do UFC no Brasil e ajuda a encontrar novos talentos pelo país. Além disso, é dono de uma rede de academias e desenvolve projetos sociais para transformar crianças em atletas.
“A arte marcial não é para o ataque e sim para você aprender a lidar com as outras pessoas. Ela te melhora como ser humano”, afirma o ex-atleta de 108 quilos. Minotauro vê na arte marcial um potencial para a educação das próximas gerações. “A gente está com um programa que é um manual de artes marciais pra escolas públicas. A gente vai tentar implantar isso no Brasil”, diz otimista. “Tudo o que eu aprendi eu quero passar para as crianças brasileiras, os benefícios das artes marciais”, completa.
Minotauro acredita que o esporte de combate está no DNA do homem, existindo há mais de 5 mil anos. A diferença é que agora está mais organizado, regido por uma confederação, com regras. Para ele, a agressividade, por si, já não é mais aceita pela sociedade. “No mundo de hoje já não cabe bulling, né? O garoto que é mais agressivo já não cabe na sociedade”, finaliza.
O embaixador do UFC no Brasil se orgulha do lugar que o esporte alcançou no país. “O Brasil estava numa entressafra entre a geração Anderson Silva, Vitor Belfort e a nossa geração. Mas a geração de novatos hoje em dia é uma realidade”. Dos 500 atletas da organização mundial, 105 são brasileiros e muitos figuram nas 15 melhores posições do ranking mundial. “Hoje, o MMA é o segundo esporte mais assistido do Brasil. Só perde para o futebol, que é nossa religião”, fala, aos risos. “Nos dias de luta, de disputa de cinturão, com atletas mais populares, eu vejo os bares lotados aos sábados para assistir”, complementa, feliz.
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