As regiões de Juiz de Fora, na Zona da Mata, e Barbacena, no Campo das Vertentes, passam a contar agora com nova força-tarefa de combate à utilização de explosivos em ataques a instituições financeiras. O objetivo da formação das redes integradas é compartilhar informações e unir esforços para formular ações coordenadas de prevenção e repressão desse tipo de crime, como explosões de caixas eletrônicos.
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) esteve nestas terça (10/3) e quarta-feira (11/3) nos municípios dando prosseguimento à criação dos grupos que monitoram os ataques. A equipe atua na área de inteligência, fazendo o mapeamento do modus operandi dos criminosos e a identificação de quadrilhas. De forma integrada, as apurações da inteligência se transformam em operações repressivas e preventivas.
O trabalho é coordenado pela Sejusp e composto pelos seguintes órgãos: Exército Brasileiro, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Agência Brasileira de Inteligência, Ministério Público de Minas Gerais, Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG), Sistema Socioeducativo (Suase), Guarda Municipal, Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Itaú, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Sicoob.
Ao reunir as instituições, o Estado busca aperfeiçoar os processos no enfrentamento aos ataques, envolvendo explosivos, contra instituições financeiras e caixas eletrônicos. Para isso, são oferecidos cursos de capacitação dos profissionais das forças de segurança e demais instituições, melhorando a qualidade dos registros das ocorrências relacionadas aos ataques e potencializando ações de prevenção, repressão, investigação e prisões de criminosos e quadrilhas especializadas.
“O grupo é importante porque trabalha com a prevenção e a integração das instituições de todas as esferas no enfrentamento a esse tipo de crime violento. A atuação da rede permite alertas oportunos, aprendizados constantes e trocas de experiências no combate a essa atuação criminal”, explica o subsecretário de Inteligência e Atuação Integrada da Sejusp, general Nilton Moreno.
Explosões em queda
De 2018 a 2019, houve uma redução de mais de 70% nos registros de ataques a instituições financeiras em Minas Gerais. Em comparação ao período anterior, de 2017 para 2018, essa diminuição foi de 50%. Os números são fruto dos trabalhos integrados realizados pelos grupos que já foram formados em quase todas as regiões do estado.
Até o momento, 14 redes de monitoramento foram criadas em Minas Gerais. A equipe tem atuado nas Regiões Integradas de Segurança Pública (Risps) de Belo Horizonte, Contagem, Vespasiano, Uberaba, Lavras, Divinópolis, Uberlândia, Patos de Minas, Ipatinga, Pouso Alegre, Poços de Caldas e Sete Lagoas, e agora, também em Juiz de Fora e Barbacena. Nas próximas semanas, novas redes serão criadas nas Risps de Governador Valadares, Teófilo Otoni, Montes Claros, Unaí e Curvelo.
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