A FPF autorizou que as equipes possam registrar atletas até o próximo dia 20 e inscrevê-los até dia 21. A entidade justifica a mudança “diante da paralisação do campeonato por mais de três meses”. Clubes que perderam atletas cujos contratos terminaram em abril (quando, a princípio, terminaria o Estadual) poderiam recontratar jogadores e recompor seus elencos para dar sequência ao torneio.
O Botafogo, porém, diz que o prazo de inscrição foi encerrado antes da interrupção da competição, “configurando clara afronta ao artigo 9º do Estatuto do Torcedor”, segundo nota do time tricolor. No comunicado, a agremiação afirma que “não medirá esforços para buscar junto aos órgãos competentes a preservação de seus direitos, bem como a garantia da igualdade, do fair play desportivo e do equilíbrio competitivo entre os clubes na estrita forma que estabelece o artigo 40 do Regulamento Geral de Competições da própria FPF”.
A equipe tem, atualmente, a segunda pior campanha do Estadual. Com a manutenção do rebaixamento, se o campeonato terminasse hoje, o Botafogo seria um dos times a descer à Série A2 (segunda divisão). O clube entende não estar em condição de igualdade, já que ainda não foi liberado para reiniciar as atividades em grupo na cidade de Ribeirão Preto (a região onde se encontra o município está na fase vermelha, a mais restritiva do Plano São Paulo, definido pelo governo paulista para flexibilizar a quarentena no estado).
A última atualização do Plano, de cinco fases, ocorreu nesta sexta (10). A determinação do governo, acatada pela FPF, é que os jogos do Paulistão só ocorram em cidades da fase amarela, terceira etapa do processo de flexibilização. Por enquanto, somente a cidade de São Paulo, a maior parte da região metropolitana da capital e a Baixada Santista se enquadram na exigência. As partidas não terão presença de torcedores.
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