Governo de Minas Gerais
anunciou a abertura de inscrições para a edição 2020 do Concurso de
Qualidade dos Cafés de Minas Gerais. O lançamento do prêmio foi feito
pelo vice-governador Paulo Brant, durante seminário on-line sobre
cafeicultura, promovido pela Emater-MG em parceria com o Conselho Nacional do Café (CNC).
Produtores interessados em participar do concurso de café deverão preencher a ficha de inscrição e entregar as amostras concorrentes nos escritórios locais da Emater-MG até o dia 8 de setembro.
A solenidade de encerramento, com anúncio dos vencedores, será em dezembro. A participação é gratuita. O regulamento completo do concurso e a ficha de inscrição estão disponíveis no site da Emater-MG e podem ser acessados neste link.
“O concurso valoriza a qualidade e a diversificação do café mineiro e também tem um caráter educativo. Produtores contam com os extensionistas da Emater para desenvolverem, juntos, processos produtivos que objetivam a obtenção de um café de qualidade - tema do concurso”, afirmou Paulo Brant.
Regulamento
Podem participar da competição produtores de municípios mineiros com amostras de café arábica, tipo 2 para melhor, colhidas neste ano. A lavoura de origem da amostra deve ser georreferenciada.
O concurso tem duas categorias. A primeira é a Café Natural, sistema em que o café recém-colhido é levado para secar.
A outra é a Café Cereja Descascado, Despolpado ou Desmucilado. Nestes tipos de café, após a lavagem, há uma separação dos frutos verdes e secos dos frutos maduros. Depois, eles passam por um descascador para só então seguirem para secagem. No caso dos cafés despolpados e desmucilados, há ainda uma fase na qual o produto passa por um tanque de fermentação.
A Emater-MG, vinculada à Seapa, informa que, durante a realização das etapas do concurso, todas as orientações das entidades de saúde sobre medidas de prevenção à covid-19 serão seguidas e que, caso necessário, as datas poderão ser remanejadas devido à pandemia.
O 17º Concurso de Qualidade dos Cafés será promovido pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Emater-MG e Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), em parceria com a Universidade Federal de Lavras (Ufla), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas e a Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Faepe).
Julgamento
Os cafés concorrentes são submetidos a análises físicas e sensoriais, feitas por uma comissão julgadora formada por, no mínimo, dez classificadores e degustadores de café. No processo de classificação das amostras, será utilizada a metodologia da Associação de Cafés Especiais (SCA).
Atributos como fragrância/aroma, sabor, acidez, corpo, uniformidade, ausência de defeitos, doçura, finalização, equilíbrio e avaliação global serão analisados.
A comissão julgadora fará a classificação das melhores amostras das duas categorias, de cada região cafeeira de Minas Gerais: Cerrado, Sul de Minas, Matas de Minas e Chapada de Minas. O produtor que obtiver a maior pontuação final, independentemente de categoria, será considerado campeão estadual.
Em 2019, o campeão estadual foi o cafeicultor Paulo Gomes, do município de Espera Feliz, região das Matas de Minas. O concurso contou com 1.411 amostras inscritas. Os vencedores comercializaram seus lotes de café com preços mais altos.
Seminário
O seminário “Funcafé e a colheita de 2020” fez parte das atividades do Termo de Cooperação Técnica firmado entre a Emater-MG e CNC, em maio deste ano, com objetivo de contribuir com extensionistas, pesquisadores, cooperativas e produtores para o desenvolvimento e o fortalecimento da produção sustentável da cafeicultura mineira e nacional.
O encontro on-line promoveu um debate sobre a colheita do café em Minas Gerais, a importância do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para o setor, além de apresentar uma visão das cooperativas associadas ao CNC sobre temas relevantes para o atual momento da safra 2020.
A secretária de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Ana Valentini, ressaltou o trabalho feito pelas instituições vinculadas à Seapa junto aos produtores de café.
“É um trabalho que a Emater tem feito com brilhantismo. Também a Epamig, com a pequisa que ajuda que o setor cresça e o IMA, que contribui muito com o produtor na certificação dos produtos”.
O presidente da Emater-MG, Gustavo Laterza, apresentou as ações realizadas pelos técnicos da empresa na área da cafeicultura e um panorama da situação da colheita no estado.
Maior produtor de café do país, Minas Gerais deve colher entre 30,7 milhões e 32 milhões de sacas este ano.
Também participaram do evento o presidente do CNC, Silas Brasileiro e dirigentes das principais cooperativas ligadas à produção de café de Minas Gerais e São Paulo.
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