Existe uma série de mitos sobre os agrotóxicos, causando um certo pânico na população. A frase foi dita pela ministra da Agricultura, Abastecimento e Pecuária, Tereza Cristina, no programa Roda Viva desta segunda-feira (17/06).
Questionada pelo apresentador Ricardo Lessa, ela explicou ainda que o pânico é pura desinformação e que fica muito desapontada com essa campanha que é contra o Brasil.
“Imagina se o Brasil não estivesse exportando para 162 países do mundo, que recebem e analisam os produtos que nós mandamos. Se nós não estivermos dentro dos limites de resíduos, que é o LRM (limite de resíduos máximo), internacionais do qual o Brasil assina diversos protocolos internacionais nós não poderíamos estar mandando produtos para fora do país”, afirmou a ministra.
Conhecedora dos principais desafios da pasta, Tereza Cristina contou que existe desinformação do povo brasileiro sobre o assunto, que realmente foram liberados 142 agrotóxicos em 2019 e que em breve serão liberados outros.
“Como funciona esse processo? O ministério da Agricultura, o ministério do Meio Ambiente e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) são os responsáveis por receber, analisar e registar ou não esses produtos. Esses registros ficaram engavetados por até oito anos, só alguns foram liberados ao longo desses anos. Esse ano, a Anvisa percebeu que precisava destravar essas moléculas. A grande maioria desses produtos são genéricos, ou seja, vários desses produtos já são usados no nossos país amplamente” , explicou.
A ministra contou ainda que acredita que existe uma campanha em curso feita para confundir a população por meio de fakes news, por exemplo. Algo que ocorre desde o ano passado, quando uma comissão especial na Câmara dos Deputados se reuniu para discutir a nova lei dos agrotóxicos, o PL 6299/02.
“Eu acho que é orquestrado! Vem desde o ano passado. A nova lei não tem uma linha que diga que você tem que usar mais agrotóxico ou deixar de usar. Hoje, a lei, que tem 30 anos, diz que entrando com o pedido de registro você tem 120 dias para dizer se ele pode ser usado ou não no país. A nova lei prevê dois anos, mas só liberava em oito”, afirmou a ministra.
O PL tem como objetivo possibilitar o fornecimento de produtos mais modernos e menos prejudiciais à saúde. Produtos que cheguem ao mercado mais rapidamente e sem desconsiderar os seus impactos no meio ambiente e na sociedade.
Por fim, ela afirmou:
“Não existe resíduo a mais no prato de ninguém.
Ao criminalizar a agricultura brasileira, você está ajudando os nossos concorrentes dizendo que o Brasil usa indiscriminadamente esses produtos. Com isso eu não posso compactuar. Eles estão agradecendo cada vez mais lá fora enquanto essa campanha é feita de forma muito forte e não verdadeira”.
Fonte: AgroSaber
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