No tênis de mesa, expectativa de brasileiros cresce para Olimpíada


Quando falta um ano para o início dos Jogos Olímpicos de Tóquio, o Brasil já tem garantidas as vagas para o torneio por equipes nos dois naipes, masculino e feminino. Os times nacionais carimbaram o passaporte ao vencerem os Pré-Olímpicos continentais, disputados em Lima em outubro de 2019. Além dos brasileiros, outras 15 equipes em cada um dos naipes participarão do torneio. A equipe verde e amarela também tem garantidas duas vagas em cada um dos naipes nos torneios individuais.

Até o momento, o único atleta brasileiro garantido em Tóquio é Hugo Calderano. O sexto colocado no ranking mundial conseguiu a vaga após conquistar a medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos de 2019. Ele estará nos dois torneios, individual e por equipes. Os outros dois jogadores do time masculino e as três mesatenistas da seleção feminina serão conhecidos apenas na convocação da seleção, que deve ocorrer em maio. Os dois primeiros brasileiros no ranking mundial em cada um dos naipes têm as vagas, já o terceiro membro das equipes será escolhido pelos técnicos. No individual masculino, o segundo melhor brasileiro, atrás de Calderano, estará presente no torneio individual.

Um dos mesatenistas que está nessa briga é Vitor Ishiy. “Primeiro, espero que essa pandemia acabe logo, para que todos estejam bem e as Olimpíadas aconteçam. Para mim, começa de novo, outro ano de muito foco para tentar me classificar entre os três para representar o Brasil”, diz o atleta, que ocupa a posição 58 no ranking mundial e treina na Alemanha.

Bruna Takahashi (Brasil) durante partida das oitavas de final do individual feminino do tênis de mesa nos Jogos Pan-Americanos Lima 2019. Data: 05.08.2019. Crédito obrigatório: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br
Bruna Takahashi é esperança do Brasil no tênis de mesa feminino - Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

Eric Jouti, atual número 88 do mundo é outro candidato. “Minha expectativa para os Jogos é muito grande. Um ano até lá, tem muito chão pela frente e muitas coisas vão mudar. É melhorar a cada dia os pontos que ainda estão a desejar, potencializar os pontos fortes e, consequentemente, subir de nível mentalmente”, afirma o atleta, que decidiu treinar no Brasil durante a pandemia.

No feminino a melhor brasileira no ranking mundial é Bruna Takahashi. A atual número 47 do mundo está treinando, ao lado da irmã Giulia, em São Paulo: “Sei que as coisas não aconteceram como esperadas, mas a minha expectativa continua a mesma, ir o mais longe possível na Olimpíada e, quem sabe, buscar uma medalha. Estou mantendo meus treinamentos aqui no Brasil. Tenho uma mesa aqui em casa, treino bastante a parte física e alguns pontos mais detalhados na mesa”.

Até mesmo para quem já viveu essa emoção sete vezes é difícil não ficar ansioso. Este é o caso de Hugo Hoyama, que tem seis Olimpíadas como jogador e uma como treinador. “É diferente. O importante é que temos a vaga garantida. Facilita para fazermos a nossa programação. Vamos esperar a volta aos torneios e a abertura dos locais de preparação. Temos um ano pela frente para as meninas brigarem por seus lugares na seleção, e o Brasil estará sempre bem servido. É duro, não é fácil para o atleta esperar mais um ano, mas é colocar na cabeça que vai valer a pena”, garante o técnico da seleção feminina.

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