Os desfiles de blocos de rua e das escolas de samba foram suspensos este ano pela Prefeitura do Rio para evitar aglomerações e a disseminação da covid-19 na cidade. Apesar disso, um bloco improvisado insistiu em aglomerar cerca de 200 pessoas na Rua Mem de Sá, na Lapa, região central do Rio.
A concentração, no entanto, foi dispersada por policiais do 5º Batalhão de Polícia Militar e do Programa Lapa Presente, com participação também de agentes do Grupamento Tático Móvel (GTM) da Guarda Municipal.
Equipes da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), da Guarda Municipal e do Instituto de Vigilância Sanitária, com apoio da Polícia Militar fazem fiscalizações na cidade.
Entre a noite de domingo (14) e a madrugada desta segunda-feira (15), além da Lapa, atuaram no Leblon, na zona sul, onde têm sido registradas grandes aglomerações de pessoas nas ruas, inclusive sem o uso de máscaras.
Os fiscais da Vigilância Sanitária e da Coordenadoria de Licenciamento e Fiscalização da Seop fizeram 14 vistorias, que resultaram em cinco interdições, três no Leblon e duas no Centro e aplicaram 13 multas por irregularidades como aglomeração, excesso de mesas e cadeiras, e falta de licenciamento.
O Bar Leviano recebeu interdição cautelar até as 7h desta segunda-feira por aglomeração, foi multado e teve o equipamento de som apreendido. Outro multado foi o Bar Botecário, por descumprir as medidas de proteção à vida e combate à pandemia. Já o Bar Beco do Rato foi interditado por falta de licença.
Toda a extensão da Rua Dias Ferreira e da Avenida Ataulfo de Paiva, no Leblon, foi fiscalizada e por causa de aglomeração o supermercado Zona Sul, o restaurante Galeto Leblon, e uma banca de jornal que comercializava bebidas alcoólicas para consumo no local, receberam interdição cautelar. Outros dois bares foram multados por infrações sanitárias.
Festas
As festas que também estão proibidas se espalham pela cidade. Ontem a fiscalização impediu quatro eventos na zona oeste.
O Bailão de 2, na escolinha de futebol do Vasco da Gama, e a festa Tropa da Mega, na Estrada dos Bandeirantes, em Jacarepaguá, foram interrompidos. O mesmo ocorreu com uma rave em casa de eventos na Estrada dos Bandeirantes e a festa na Mansão do Japonês, na Ilha da Gigoia, na Barra da Tijuca.
Lá a casa foi interditada por falta de alvará e licenciamento sanitário. As equipes também atuaram na orla e em outros locais após denúncias de eventos irregulares feitas pela população em Ipanema, na zona sul; no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste; e no Méier, na zona norte da capital.
Em várias comunidades, como o conjunto de favelas da Maré, na zona norte, e a Cidade de Deus, na zona oeste, hoje pela manhã ainda era possível ver festas promovendo aglomerações, que começaram ontem à noite.
Balanço
De acordo com a Seop, desde o início das ações na sexta-feira (12), para combater aglomerações no período que seria do carnaval, foram realizadas 55 inspeções sanitárias, com 40 autos de infração e 22 interdições, além de nove apreensões, sendo oito de equipamentos de som e uma de bebidas.
Ambulantes
Com os ambulantes, a Coordenadoria de Controle Urbano (CCU) da Seop, na última ação noturna, fiscalizou 15 deles na Lapa, e apreendeu, no Arpoador, na zona sul, 132 bebidas em garrafas de vidro, o que é proibido. Ao todo, ao longo do domingo, foram fiscalizados mais de 60 ambulantes no Recreio dos Bandeirantes, Ipanema, Méier e Lapa, com isso houve a apreensão de 472 itens, a maioria bebidas. Três ambulantes foram multados, e vendedores não autorizados foram orientados a desocupar o espaço público.
Transportes
A Coordenadoria Especial de Transporte Complementar (CETC) realizou ontem 39 abordagens a vans e kombis, autuou 53 e removeu uma van pirata. Já a Coordenação de Fiscalização de Estacionamentos e Reboques (Cfer) removeu, das 7h às 19h, 141 veículos por estacionamento irregular. Esses órgãos integram a estrutura da Seop.
Desde a sexta-feira a CETC fez 90 abordagens, com 84 autuações e duas remoções de vans piratas, enquanto a Cfer removeu 474 veículos por estacionamento irregular. Nos pontos de bloqueio de acessos à cidade para impedir a entrada de visitantes em veículos fretados sem comprovação de hospedagem na cidade, segundo a Seop não houve necessidade de barrar nenhum ônibus de fretamento.
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