A
Secretaria Municipal de Cultura e a Fundação Municipal de Cultura
promovem na próxima terça-feira, dia 13, a partir das 14h, de forma
virtual, a 3ª edição do projeto “Expedições do Patrimônio”. Com o tema
“Pampulha, Patrimônio e Diversidade Cultural”, o encontro debaterá a
história de ocupação desta região, que compreende o Conjunto Moderno
tombado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco e que é um dos pontos
turísticos mais visitados de Minas Gerais.
A
atividade é destinada a estudantes de graduação, professores de todos
os níveis da educação básica das redes pública e privada, diretores
escolares, gestores educacionais e de centros culturais, mediadores de
aprendizagem em museus e centros culturais, estudiosos, além de pessoas
interessadas nos debates sobre Patrimônio Cultural. As inscrições são
gratuitas e podem ser feitas pelo Portal da Prefeitura. As vagas são limitadas.
Os
participantes do encontro virtual terão a chance de conhecer melhor a
história de ocupação da Pampulha, a partir da chegada dos primeiros
bandeirantes e imigrantes, nos séculos XVIII e XIX, até a construção da
barragem, na década de 1930. Também será relatada a fase mais moderna da
região, a partir da construção do Conjunto Moderno da Pampulha,
passando pelos conceitos de Patrimônio Cultural material e imaterial,
paisagem cultural e obra de arte total.
Entram
no debate, ainda, os processos de ocupação plural do espaço por pessoas
das mais variadas classes sociais, crenças e idades; o patrimônio
cultural como um instrumento de leitura e compreensão dos processos
históricos de conformação das cidades, de seus territórios e de suas
formas de apropriação e/ou exclusão social; e, por fim, a cidade como um
espaço educativo que reflete os valores, modos de vida, anseios e
conflitos de uma sociedade.
O
debate será conduzido por Marco Antônio Silva, historiador e
coordenador do setor educativo da Diretoria de Patrimônio Cultural e
Arquivo Público, e Arminda Aparecida de Oliveira, mestra em educação que
atua na Diretoria de Desenvolvimento e Articulação Institucional da
Secretaria Municipal de Cultura.
Desenvolvido
desde 2019, o projeto Expedições do Patrimônio é uma ação educativa da
Diretoria de Patrimônio Cultural e Arquivo Público da Fundação Municipal
de Cultura. A proposta é permitir que, a cada edição, os participantes
possam aprofundar o conhecimento e vivência dos bens materiais e
imateriais do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte.
Para
Françoise Jean de Oliveira, diretora de Patrimônio Cultural e Arquivo
Público da Fundação Municipal de Cultura, conhecer, questionar e
usufruir do patrimônio cultural da cidade é um direito de cada morador e
a educação pelo patrimônio é um dos recursos fundamentais para garantir
esse acesso. “O projeto Expedições do Patrimônio oferece ao público um
conhecimento diferenciado dos espaços da cidade. Queremos garantir ao
cidadão o direito de desfrutar da cidade e compreendê-la em sua
complexidade, diversidade e conflitos”, afirma.
Sobre o “Expedições do Patrimônio”
Em
sua primeira edição, o “Expedições do Patrimônio” proporcionou um
encontro formativo sobre o Ofício dos Lambe-lambes, primeiro bem a
receber o título de Patrimônio Cultural Imaterial de Belo Horizonte. O
encontro aconteceu em 2019, no Parque Municipal Américo Renné Giannetti,
território que abriga os fotógrafos que exercem há décadas a profissão
na capital. Os participantes puderam conhecer a história da profissão,
que começou a ser exercida na década de 1920 na capital, além da sua
importância na constituição da memória histórica e afetiva dos
belo-horizontinos.
Devido às medidas de combate à pandemia de Covid-19, o projeto foi temporariamente interrompido em 2020, sendo retomado em junho de 2021, de maneira virtual. Na segunda edição, a temática abordada foi a Praça da Estação: Patrimônio Cultural de Belo Horizonte. O encontro abordou a importância histórica, simbólica, afetiva e arquitetônica da Praça da Estação para Belo Horizonte e o Estado de Minas Gerais.
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