O antiviral Lagevrio, também chamado molnupiravir, é seguro e eficaz na redução do risco de hospitalização e morte em pessoas com covid-19 leve a moderada. Foi o que anunciou nesta quinta-feira (05) a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido - a equivalente britânica à Anvisa.
Mas o remédio vem em comprimidos e é indicado para situações específicas, como detalha o infectologista Julival Ribeiro.
Mais de 750 voluntários adultos participaram dos estudos clínicos de fase 3. Metade tomou o molnu-pira-vir e a outra metade uma substância sem efeito, chamada de placebo. Dos voluntários que tomaram o remédio, 7,3% foram hospitalizados e ninguém morreu, enquanto entre os que tomaram placebo o índice de internação e morte chegou a 14,1%.
A pesquisa foi conduzida em mais de 170 países, incluindo o Brasil. Os resultados foram apresentados em outubro pela farmacêutica MSD, também conhecida como Merk. De acordo com a empresa, o remédio “demonstrou eficácia consistente nas variantes virais Gama, Delta e Mu”. A MSD espera produzir comprimidos para tratar 10 milhões de pessoas até o fim deste ano. E manter a produção para o ano que vem.
Ao autorizar o uso do remédio, nessa quinta (05), a agência sanitária britânica destacou que o produto não substitui a vacina. O infectologista Julival Ribeiro concorda e afirma que a vacinação é a melhor forma de prevenir o contágio.
O novo remédio evita que o novo coronavírus se replique, porque modifica o RNA do vírus que causa a covid-19.
Em nota, a farmacêutica MSD afirmou que mantém a Anvisa a par sobre os resultados obtidos nas diferentes etapas de estudos clínicos deste medicamento. E que, agora, prepara o dossiê com todos os dados e documentos para que o uso emergencial seja analisado o quanto antes pela agência reguladora.
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