Em mais uma tentativa de incentivar a imunização de crianças e adolescentes, o Ministério da Saúde prorrogou, até o dia 30 deste mês, a Campanha Nacional de Vacinação que tem como foco a paralisia infantil. Em ofício enviado nesta segunda-feira (5) pela pasta a secretários estaduais e municipais da Saúde, o Ministério diz que a medida foi motivada pela baixa adesão da população à campanha. Apenas 34% do público-alvo de 1 a 4 anos tomou a vacina contra a poliomielite.
“O Programa Nacional de Imunizações permanece alertando sobre a importância e o benefício da vacinação do público-alvo das campanhas para a manutenção da eliminação da poliomielite, uma vez que a doença permanece como uma prioridade política, nacional e internacional, e a erradicação só será possível mediante esforços globais, e pela necessidade de proteger as crianças e adolescentes contra as doenças imunopreveníveis e respectivamente melhorar as coberturas vacinais”, destaca o documento.
O Brasil é considerado país livre da poliomielite desde 1994, mas, com a baixa adesão vacinal, médicos alertam para os riscos de volta da doença, especialmente após o registro de novos casos no exterior, em países como os Estados Unidos e Israel. O Brasil continua com a meta de imunizar 95% de um total de 14,3 milhões de crianças.
Vacinas
Estão disponíveis em todo o país 18
imunizantes contra várias doenças e, por isso, outro objetivo da ação é
vacinar também adolescentes menores de 15 anos, conforme o Calendário
Nacional de Vacinação.
Além da VIP (vacina inativada poliomielite), 17 vacinas estão
disponíveis para aplicação em crianças e adolescentes até 15 anos. As
vacinas do Calendário Nacional de Vacinação, disponíveis para
atualização da carteirinha, são: hepatite A e B; penta (DTP/Hib/Hep B);
pneumocócica 10 valente; VRH (vacina rotavírus humano); meningocócica C
(conjugada); VOP (vacina oral poliomielite); febre amarela; tríplice
viral (sarampo, rubéola, caxumba); tetraviral (sarampo, rubéola,
caxumba, varicela); DTP (tríplice bacteriana); varicela e HPV
quadrivalente (papilomavírus humano).
Também estão à disposição para adolescentes as vacinas HPV, dT (dupla adulto); febre amarela; tríplice viral, hepatite B, dTpa e meningocócica ACWY (conjugada).
Segundo o Ministério da Saúde, todos os
imunizantes que integram o Programa Nacional de Imunizações (PNI) são
seguros e estão registrados pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa).
A campanha de vacinação coincide com a imunização contra a covid-19, que
está em andamento. Segundo o Ministério, as vacinas contra covid-19
podem ser administradas de maneira simultânea ou com qualquer intervalo
com as demais do Calendário Nacional, na população a partir de 3 anos de
idade.
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