O secretário de Saúde do Distrito Federal, Francisco Araújo, é um dos alvos da Operação Falso Negativa, deflagrada hoje (25) pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), suspeito de praticar irregularidades na compra de testes para a detecção da covid-19.
A informação foi confirmada pelo MPDFT, que aguarda o levantamento do sigilo para se manifestar sobre o caso. A expectativa é de que, ainda hoje, haja uma coletiva de imprensa na qual detalhes da operação serão apresentados.
Governador
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, divulgou uma nota na qual diz “lamentar a desnecessária operação ocorrida nesta manhã e que culminou na prisão preventiva da cúpula da Secretaria de Saúde”.
“O secretário da Saúde, Francisco Araújo Filho, e toda sua equipe sempre estiveram à disposição das autoridades para esclarecer quaisquer fato, mantendo abertos todos os processos em curso na SES, pelo Sistema Eletrônico de Informações (SEI), comprovando a inexistência dos crimes a que estão sendo indevidamente acusados”, diz a nota assinada pelo governador.
Ainda segundo Ibaneis Rocha, não restou, a seu governo, outra atitude, se não a de afastar preventivamente os acusados, “com o único intuito de não paralisar os importantes serviços prestados à sociedade do Distrito Federal”, em meio à pandemia.
A nota do governador pede, ainda, “rápida apuração e esclarecimentos dos fatos para que pessoas inocentes não tenham seus nomes indelevelmente manchados”.
Na primeira fase da operação, deflagrada em julho, a operação investigou supostas ilegalidades em contratações de testes para detecção do novo coronavírus (covid-19) em oito unidades federativas.
Na época, o MPDF informou que as suspeitas são de que, por meio da dispensa de licitações devido à situação emergencial decorrente da pandemia, mais de R$ 30 milhões tenham sido desviados em superfaturamento de contratos para aquisição de testes destinados à detecção da doença. Segundo os investigadores, a soma do valor das dispensas de licitação sob investigação supera R$ 73 milhões. O processo corre em sigilo.
A Agência Brasil ainda não teve retorno à demanda encaminhada à Secretaria de Saúde.
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