A tragédia de Brumadinho completa, nesta quinta-feira, mil dias. E o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais fez um balanço do início das buscas das vítimas da tragédia do rompimento da barragem localizada no município de Mariana, em Minas Gerais. Para a corporação, é a maior operação de busca e salvamento do país.
Nesses mais de dois anos, os militares conseguiram vistoriar superficialmente toda a área do acidente, que soma mais de 290 hectares. Isto equivale a cerca de 290 campos de futebol.
Olha pra gente ter uma ideia, mais de 4 mil bombeiros militares mineiros passaram pela operação até o momento. Atualmente, são mobilizados 43 militares por dia.
Mais de 120 máquinas atuam na área afetada. São usadas, escavadeiras, caminhões e outros equipamentos.
Ajuda na terra e no ar: 31 aeronaves atuaram na operação e foram realizadas em torno de 1.600 horas de voo na região.
Nas buscas, a corporação contou também com ajuda de 22 equipes de cães.
Nesta quinta, foi apresentada uma nova Estação de Buscas na região, projetada especialmente para a atuação em Brumadinho. A utilização de novos equipamentos proporciona mais agilidade e segurança na vistoria. É o que afirma O Coronel Erlon Dias do Nascimento Botelho, Subcomandante do Corpo de Bombeiros de Minas.
Até agora, 262 vítimas foram encontradas e identificadas. Oito famílias continuam sem poder enterrar seus parentes e permanecem à espera. Ainda não há data para o fim das buscas dos bombeiros.
Em janeiro do no passado, o Ministério Público de Minas apresentou à Justiça denúncia pelas 270 mortes.
Além da Vale e da TÜV SÜD, empresa alemã responsável pelo laudo que atestou a segurança da barragem, 16 pessoas foram denunciadas.
Na última terça-feira, o Superior Tribunal de Justiça anulou o recebimento da denúncia por entender que o caso deve ser analisado pela Justiça Federal. O Ministério Público informou que vai recorrer.
E a Associação dos Familiares de vítimas e atingidos pelo rompimento da barragem do Córrego de Feijão publicou nessa quarta-feira uma nota de repúdio contra a decisão do STJ.
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