Em viagem aos Estados Unidos, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL -SP),
filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse que o Brasil nunca
mais será “um país socialista”. A declaração foi dada na noite desta
sexta-feira (30) em entrevista ao jornalista Lou Dobbs da Fox News e foi
retuitada por Jair Bolsonaro hoje (1º).
“Estamos muito otimistas porque o Brasil está mudando de uma gestão
extremamente socialista para uma economia muito mais liberal. O que eu
vim fazer aqui nos Estados Unidos é dar os primeiros passos para o
resgate da nossa credibilidade e mandar uma mensagem clara de que nunca
mais seremos um país socialista”, disse. Ele acrescentou que o governo
eleito está muito animado com a proximidade com os Estados Unidos.
Trump brasileiro
Sobre as comparações entre Jair Bolsonaro e o presidente
norte-americano, Donald Trump, que surgiram durante a campanha a partir
de alguns posicionamentos considerados mais radicais do presidente
eleito, Eduardo Bolsonaro disse que, assim como Trump, seu pai “não
segue a agenda dos politicamente corretos”. “Ele diz o que pensa, gostar
ou não é uma escolha de cada um”. Para reforçar a afinidade com medidas
adotadas por Trump, Eduardo Bolsonaro voltou a defender a mudança de
sede da embaixada brasileira em Israel. “Também adoraríamos mudar a
embaixada brasileira de Telaviv para Jerusalém”, disse.
O deputado disse ainda que o futuro governo, assim como fez Trump,
pretende não reconhecer a última eleição na Venezuela, que, em maio,
reconduziu Nicolás Maduro ao poder. À época, Brasil, Estados Unidos e
outros 13 países não reconheceram a vitória de Maduro.
Reformas
Ao citar as prioridades de Bolsonaro, que segundo o jornalista
norte-americano, receberá o país depois de quatro anos difíceis “de
muita corrupção política e deterioração econômica”, Eduardo Bolsonaro
destacou como positivas as escolhas do juiz Sérgio Moro, que comandou a
Operação Lava Jato, como ministro da Justiça e do economista Paulo
Guedes, para a área econômica. O deputado ressaltou que o Brasil se
prepara para passar por uma série de privatizações e por reformas, como a
da previdência e a tributária.
Fonte: Agência Brasil
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