As boas práticas ambientais executadas em Minas Gerais e os projetos para neutralizar emissões de gás carbono e de mitigação e adaptação às mudanças climáticas foram apresentados durante agenda da comitiva mineira na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26) em Glasgow, na Escócia. O material está reunido em um portfólio, que também pode ser acessado no site da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam).
O documento, que apresenta ações realizadas pelo Governo de Minas e também pelo setor produtivo, foi elaborado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), em parceria com as Federações da Agricultura e Pecuária (Faemg) e das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).
Clique aqui e acesse a versão do protfólio em português e aqui em inglês.
A secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável,
Marília Melo, na companhia do governador Romeu Zema, apresentou o
portfólio durante o evento da Coalizão Under2: ‘Liderança climática de
atores subnacionais no Reino Unido e além’. Durante a apresentação,
Marília destacou o período de fortalecimento da agenda do clima nos
estados brasileiros, com a adesão à campanha RaceTo Zero. Melo também
apresentou o plano de reflorestamento de 3,7 milhões de hectares em
áreas rurais em Minas e as atividades a serem realizadas junto aos
setores industrial e da pecuária.
A secretária lembrou ainda que Minas lidera o ranking nacional com 18,4%
da potência instalada de geração solar fotovoltaica em todo o Brasil,
segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
Este cenário permite evitar a emissão de 394 mil toneladas de gases de
efeito estufa por ano. “Ampliamos significativamente o potencial de
geração de energia solar no estado e temos uma meta já estabelecida de
ampliar, em 60%, a base renovável no setor energético”, afirmou.
Apoio aos municípios
As ações executadas junto às cidades mineiras para mitigação e adaptação
às mudanças do clima também estiveram em pauta na apresentação. Entre
as ações executadas está a plataforma Clima Gerais, que reúne a
ferramenta Clima na Prática e o índice Mineiro de Vulnerabilidade
Climática. “É uma oportunidade de auxiliar os municípios a traçar
estratégias para aumento da capacidade de adaptação e de resiliência às
mudanças do clima”, acrescentou Marília.
O portfólio apresentado na COP ainda traz diversas ações como a
Estratégia de Transição Energética de Minas Gerais. A iniciativa,
inédita entre governos subnacionais brasileiros, é um instrumento de
governança para apoiar a transição energética para sistemas energéticos
mais sustentáveis, construída em parceria com a Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG). Entre as metas previstas está a redução de 12%, até
2030, de gases de efeito estufa.
O documento também apresenta o Plano Mineiro de Segurança Hídrica,
estratégia em desenvolvimento por meio do Instituto Mineiro de Gestão
das Águas (Igam), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento
Regional (MDR), para garantir a segurança hídrica, por meio da execução
de ações para revitalizar bacias hidrográficas em áreas prioritárias do
estado, com base em um banco de projetos. Outra iniciativa voltada à
gestão das águas é o Programa Somos Todos Água, desenvolvido desde 2019,
também voltado à revitalização de bacias hidrográficas.
Outras importantes ações dizem respeito à gestão florestal. Neste
sentido, o Instituto Estadual de Florestas (IEF) revisou o Plano Mineiro
de Desenvolvimento Integrado (PMDI) e projeta, para o período de 2019 -
2030 um aumento de 15% de cobertura vegetal sobre o total de áreas de
vegetação perdidas. O Instituto também definiu áreas prioritárias para a
conservação e restauração da biodiversidade e ecossistemas no estado.
Nestes locais, busca-se adotar medidas para conservar a diversidade
biológica e garantir a utilização sustentável de seus componentes.
Legislação
O Governo de Minas também prevê que, para 2022, seja feita a atualização
do Plano Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC) e, também, a publicação
do inventário de emissões e remoções de gases de efeito estufa. No caso
do PEMC, a intenção é de que se torne uma ferramenta para subsidiar a
consolidação da Política Estadual de Mudanças Climáticas. O plano é
fruto de atuação interdisciplinar com vários órgãos do Executivo e prevê
uma série de ações.
Comentários
Postar um comentário