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A RESILIÊNCIA COELHA: AMÉRICA MINEIRO EVITA O ABISMO DA SÉRIE C E INICIA O PLANEJAMENTO DA GRANDE VIRADA

  • Foto do escritor: Rádio AGROCITY
    Rádio AGROCITY
  • 14 de nov.
  • 5 min de leitura
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Introdução


O torcedor do América Mineiro pode, finalmente, respirar fundo. Após uma das campanhas mais tensas e, por vezes, angustiantes de sua história recente na Série B do Campeonato Brasileiro, o Coelho conseguiu, na força da sua resiliência e no trabalho silencioso, espantar o fantasma do rebaixamento para a Série C. O risco de queda, que em momentos cruciais da temporada chegou a assustadores 39% (em julho), agora é estatisticamente nulo, beirando a irrisória marca de 0,0003% após a vitória crucial sobre a Chapecoense. O alívio é palpável e a notícia mais importante neste 14 de novembro de 2025 não é a classificação matemática, mas o fim do sufoco que permite à diretoria e à comissão técnica, liderada por Alberto Valentim, virar a chave do planejamento e focar integralmente em 2026.


A permanência na segunda divisão, embora longe de ser o objetivo ambicioso traçado no início do ano — que era o acesso à Série A —, é, neste contexto, uma vitória fundamental. Ela garante a manutenção das receitas televisivas e dos patrocínios compatíveis com a Série B, além de evitar o trauma de cair para a terceira divisão, um degrau que, historicamente, se torna um atoleiro financeiro e esportivo para muitos clubes grandes. A campanha de altos e baixos, marcada por uma fase crítica no Z4, culminou em uma reação tardia, mas eficaz, que garante ao América a chance de reestruturar seu futebol sem a pressão sufocante de um novo descenso. O Horto se acalma, e a missão agora é reconstruir o time para que os perigos deste ano fiquem apenas na memória.


Análise Tática e os Pontos de Virada na Série B


O trajeto do América na Série B foi um estudo de caso sobre a importância da gestão de crise no futebol moderno. A equipe sofreu com a irregularidade, especialmente fora de casa, e viu seu ataque ter dificuldades em manter uma média de gols que sustentasse a classificação. Taticamente, o time demorou a encontrar uma identidade, oscilando entre esquemas que expunham a defesa e outros que tornavam o ataque previsível.


O ponto de virada pode ser creditado a dois fatores principais: a confiança mantida em Alberto Valentim e a solidez defensiva nas últimas rodadas. Embora a campanha geral tenha sido decepcionante (o Coelho ocupa a 13ª colocação após 36 rodadas com 45 pontos), a recente sequência de resultados positivos, especialmente a vitória heroica sobre a Chapecoense, demonstrou que o time conseguiu resgatar o espírito de luta nos momentos cruciais. Jogadores como o goleiro Cavichioli e o zagueiro Ricardo Silva foram pilares dessa recuperação, garantindo que o time não desmoronasse sob a pressão dos resultados. A tática se tornou mais pragmática e focada na segurança, abandonando o risco pelo ponto conquistado, filosofia que salvou o clube do abismo da Série C.


O Planejamento 2026: Desligamentos e a Busca por Eficiência


Com a permanência na Série B confirmada, a diretoria do América já está ativa no mercado, não apenas em busca de reforços, mas também na dispensa de peças que não renderam o esperado. O anúncio recente da saída do atacante Vitor Jacaré e do meia Gustavinho, cujos contratos se encerram em dezembro e não serão renovados, é o primeiro sinal de que o processo de reformulação para 2026 começou.


Este movimento é crucial. O América precisa reduzir custos operacionais com atletas que não estão no plano tático futuro e abrir espaço na folha para contratações mais assertivas.

O desafio de Alexandre Mattos (que atua como consultor de mercado) ou do novo executivo que assumir a pasta é buscar jogadores de Série A que estejam dispostos a disputar a Série B, ou garimpar talentos promissores no cenário regional, como historicamente o clube costuma fazer. A palavra-chave para o planejamento é "eficiência": gastar menos e contratar melhor para garantir que o clube retorne à elite em 2026. A lição de 2025 é clara: a irregularidade na Série B custa caro, e o time precisa de um elenco mais profundo e regular.


O Contraste Mineiro: O Brilho da Base e do Futebol Feminino


Enquanto o time masculino sofreu para se manter na Série B, o América Mineiro demonstra sua força institucional em outras frentes do futebol mineiro. A base do Coelho segue forte, como comprovado pela vantagem aberta nas quartas de final da Copa do Brasil Sub-20. Estes jovens atletas representam não apenas o futuro esportivo, mas também o futuro financeiro do clube, podendo ser ativos valiosos no mercado, seguindo o modelo de sucesso de outros clubes mineiros.


Além disso, o Futebol Feminino Celeste é destaque absoluto. As Spartanas estão na final do Campeonato Mineiro Feminino e terão um confronto eletrizante contra o Cruzeiro nos próximos dois sábados (15 e 22 de novembro). Este clássico na final, que terá torcida única por questões de segurança, é uma prova da capacidade do América de investir e alcançar excelência em outras modalidades. A atacante Gadu, vice-artilheira com nove gols, personifica o bom momento do time feminino, que busca uma "revanche" após a derrota na final do ano passado. Este sucesso nos gramados alternativos reforça a marca América e alivia, em parte, a frustração da temporada do time principal.


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A Repercussão no Horto e a Expectativa da Última Rodada


A notícia do risco zero de rebaixamento foi recebida com alívio, mas também com a sensação de que o América merece mais. A torcida tem sido fundamental e, como reconhecimento, o clube anunciou entrada gratuita para a partida contra o Cuiabá, na última apresentação do Coelho no Independência pela Série B. Este é um gesto importante para reatar os laços e mostrar que a permanência também foi conquistada graças ao apoio popular.


O duelo contra o Cuiabá (e o confronto final contra o Athletico-PR) agora tem um peso diferente. Não é mais uma luta pela sobrevivência, mas uma chance de se despedir da temporada com dignidade, testar novas formações e dar minutos a atletas que podem ser importantes em 2026. A manutenção do técnico Alberto Valentim dependerá de uma análise profunda da diretoria, mas a reação final e o cumprimento da meta mínima (permanência na Série B) dão a ele e ao elenco a chance de planejar a próxima temporada com a cabeça erguida. O América, mesmo com dificuldades financeiras (discussões sobre empréstimos bancários continuam nos bastidores), provou mais uma vez sua capacidade de lutar até o fim.


Conclusão


O América Mineiro garantiu a sua sobrevivência, e a partir de agora, cada movimento no CT Lanna Drumond será focado na volta por cima. A Série B de 2026 será a chance de o Coelho honrar sua história e provar que este ano de sofrimento foi apenas um tropeço em sua trajetória de crescimento. A base forte e o time feminino vitorioso mostram que o clube tem DNA de campeão, e a reconstrução do elenco principal já está em curso.


Para não perder nenhum detalhe do planejamento do América para 2026, as análises do desempenho na Série B, e a cobertura eletrizante das finais do Mineiro Feminino, sintonize a Rádio AGROCITY! Acompanhe de perto as entrevistas exclusivas, os debates acalorados sobre o mercado da bola e as narrações apaixonadas dos jogos do Coelho. O Placar Minas estará junto, cobrindo o renascimento alviverde em todos os detalhes.

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