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🌎 O Cenário Macroeconômico: Menos Margem, Mais Estratégia

  • Foto do escritor: Rádio AGROCITY
    Rádio AGROCITY
  • 31 de out.
  • 4 min de leitura

🎶 Giro AgroSertanejo 🎶

Cenário B2B para o Produtor: Os Três Pilares (Soja, Milho e Boi) e a Dança do Dólar em 2025

Direto do centro do negócio, aqui é Arthur Terra & Viola te atualizando sobre o que realmente move a sua fazenda: o preço!


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O ano de 2025 está sendo marcado por uma dinâmica de volatilidade controlada no mercado de commodities, mas com um recado claro para o produtor B2B: as margens de lucro estão mais apertadas. O produtor está espremido entre:

  1. Custo Operacional Elevado (COE): Os insumos, como fertilizantes e defensivos, ainda refletem a instabilidade global e o custo de freight.

  2. Câmbio (Real vs. Dólar): Embora o Real tenha apresentado momentos de valorização, limitando os ganhos imediatos em Reais pela exportação, a relação de troca continua sendo a bússola para a rentabilidade.

  3. Incerteza Geopolítica: A política monetária dos EUA (Federal Reserve) e a robustez da demanda chinesa são os motores globais que ditam o ritmo de Chicago.


Para o produtor que vende grandes volumes (Business to Business - B2B), a palavra de ordem é gestão de risco e uso inteligente de Mercados Futuros.


🟨 1. Soja (O "Ouro Amarelo"): Demanda Firme, Margem Apertada


A soja mantém seu posto como a principal commodity de exportação brasileira, com a China como principal motor de demanda.

  • Tendência de Preços (Chicago - CBOT): Os contratos têm se mantido estáveis a levemente em retração, influenciados pela expectativa de uma safra volumosa na América do Sul e pelos altos estoques globais. A grande volatilidade, porém, é ativada por fatores climáticos nos EUA e no Brasil, bem como por qualquer aceno de guerra comercial.

  • Análise B2B: A principal preocupação para a safra 2025/2026 é a redução projetada na margem bruta, estimada em mais de 30% em relação ao ciclo anterior, devido à combinação de custos altos e preços futuros cautelosos.

  • Ação Estratégica: O produtor B2B deve aproveitar os picos de cotação para travar a venda (fazer hedge) via Mercado Futuro ou Contratos a Termo, garantindo a rentabilidade antes do aumento da pressão da colheita. Fique atento à taxa de câmbio, pois a valorização do Real, apesar de boa para a economia, reduz o valor em Reais na hora da conversão.


🌽 2. Milho (O Suporte): Oferta Elevada e Otimismo de Longo Prazo


O milho, especialmente o de segunda safra (safrinha), teve um volume excepcional, o que inicialmente pressionou os preços internos devido à oferta abundante.

  • Tendência de Preços (B3 e CBOT): No Brasil, a alta oferta manteve os preços pressionados no físico. No entanto, o mercado futuro da B3 para contratos de final de 2025 e início de 2026 tem mostrado otimismo com valorização, indicando que o mercado espera um reequilíbrio entre oferta e demanda ou uma demanda externa mais forte.

  • Análise B2B: O grande volume exige logística e armazenagem eficientes. O milho é vital para a pecuária e avicultura (demanda interna). A rentabilidade projetada para o milho 2025/2026 é a mais desafiadora, com quedas bruscas na margem bruta esperadas.

  • Ação Estratégica: O produtor precisa de uma estratégia de venda escalonada e deve considerar o custo de armazenagem. O uso de contratos futuros (B3) é crucial para proteger a margem e transformar um grande volume em segurança financeira, evitando a venda em momentos de superoferta.


🐂 3. Boi Gordo (A Proteína Forte): Recuperação Consolidada e Demanda Asiática


O mercado do Boi Gordo vive um ciclo de recuperação, sustentado pela restrição na oferta de animais prontos e pela forte demanda externa.

  • Tendência de Preços (Arroba - CEPEA/B3): A arroba do boi gordo tem mostrado uma tendência sustentada de alta, especialmente a partir do segundo semestre de 2025. Essa valorização é impulsionada pela menor oferta de fêmeas para abate (retenção de matrizes, indicando futuro crescimento do rebanho, mas menor oferta no presente) e pela recuperação da demanda interna e externa.

  • Análise B2B: Os frigoríficos (grandes players B2B) continuam com a China e o Oriente Médio como destinos principais, sustentando o mercado. A valorização do bezerro (custo de reposição) é um ponto de atenção, pressionando a relação de troca com o boi gordo.

  • Ação Estratégica: O pecuarista deve focar no gerenciamento do ciclo de abate, aproveitando o mercado futuro do boi gordo (B3) para travar preços acima de R$ 350,00/@ em momentos oportunos. Investir em rastreabilidade e certificação cria um diferencial de preço (prêmio) para atender aos mercados mais exigentes.


📊 Resumo de Mercado (Visão B2B)


Commodity

Ponto de Atenção

Recomendações Estratégicas

Soja

Margem bruta reduzida; Câmbio valorizado limita ganhos.

Hedge (Venda Futura) em picos de cotação; foco em produtividade.

Milho

Superoferta pressiona preços; Margem de safrinha muito apertada.

Venda Escalona; Uso intensivo de Mercado Futuro para proteção.

Boi Gordo

Custo de reposição (bezerro) elevado; Flutuação do Real.

Hedge da Arroba (B3) para travar alta; Rastreabilidade para prêmio.

O produtor de sucesso em 2025 é o que trata sua fazenda como uma fábrica de dados. A informação de mercado e o uso do Hedge são tão importantes quanto o planejamento de plantio.


Aqui é Arthur Terra & Viola, sempre ligado no seu futuro. Que a sua próxima negociação seja no melhor preço!



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