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🌳 O Novo Contrato Social do Campo: ESG como Fator de Sobrevivência

  • Foto do escritor: Rádio AGROCITY
    Rádio AGROCITY
  • há 6 dias
  • 3 min de leitura

🎶 Giro AgroSertanejo 🎶

ESG no Agro: Certificação é Passaporte para Exportação e Valorização do Preço B2B


Com a consultoria de Arthur Terra & Viola, vamos entender a agenda ESG e como o "verde" virou o "ouro" nas negociações internacionais.

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O conceito de ESG (Environmental, Social, and Governance - Ambiental, Social e Governança) deixou de ser uma tendência e se consolidou como um requisito estrutural para o agronegócio, especialmente para o produtor B2B que mira a exportação.


Grandes players internacionais, como redes varejistas e tradings, exigem cada vez mais rastreabilidade, conformidade ambiental e boas práticas sociais de seus fornecedores. O Brasil, como potência exportadora, está sob holofotes, e a sustentabilidade é o escudo contra barreiras comerciais e a chave para acessar mercados premium.


O Impacto Financeiro da Sustentabilidade (O “Diferencial de Preço”):


A adoção do ESG tem um impacto direto e mensurável na linha de baixo:

  1. Acesso a Crédito e Juros Menores: Bancos e fundos de investimento priorizam negócios alinhados com ESG, oferecendo melhores condições de financiamento e taxas de juros mais baixas. O Plano ABC+ (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) é um exemplo de política pública que incentiva práticas sustentáveis com crédito vantajoso.

  2. Valorização do Produto (Premium Price): Produtos certificados (Orgânicos, Rainforest Alliance, etc.) podem alcançar um valor agregado de até 30% a mais, refletindo o desejo do consumidor global por alimentos éticos e ecologicamente corretos.

  3. Redução de Riscos e Eficiência Operacional: Práticas ambientais (uso racional de água e energia, rotação de culturas) levam à redução de custos com insumos e aumentam a resiliência do sistema produtivo frente às mudanças climáticas.


📜 Certificação: O Passaporte para Mercados Exigentes (Visão B2B)


Para o produtor que negocia em grandes volumes (B2B) com frigoríficos, cooperativas e tradings, as certificações funcionam como um selo de confiança que minimiza o risco de embargos e facilita o fluxo de negociação.

Certificação

Foco Principal

Vantagem B2B na Exportação

Rainforest Alliance

Sustentabilidade ambiental e social, com foco em biodiversidade e condições de trabalho.

Essencial para café, cacau e chás; Abertura para grandes varejistas europeus e norte-americanos.

Certificação Orgânica (MAPA / IBD)

Proibição de agroquímicos sintéticos, foco na saúde do solo e ecossistema.

Acesso direto a nichos de mercado premium de alimentos orgânicos com alto valor agregado.

ISO 14001

Sistema de Gestão Ambiental (SGA); Conformidade com leis ambientais.

Diferencial na negociação com grandes corporações que exigem fornecedores com gestão de risco auditada.

Selo FSC

Manejo florestal responsável, aplicável a projetos de ILPF e fornecimento de madeira.

Garante a legalidade e sustentabilidade da cadeia produtiva, especialmente relevante para produtos florestais.


Os Três Pilares do ESG na Fazenda (Práticas de Impacto):


Pilares

Práticas Chave

Ganhos para o Produtor

E - Ambiental

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), Plantio Direto, Uso de Bioinsumos, Energia Renovável (Solar/Eólica).

Sequestro de Carbono (Créditos de Carbono), Aumento da Fertilidade do Solo, Redução da Dependência Química.

S - Social

Profissionalização da Mão de Obra, Condições de Trabalho Dignas (moradia, segurança), Programas de Inclusão e Diversidade.

Redução da Rotatividade (Turnover), Aumento da Produtividade (Mão de Obra Qualificada), Imagem Positiva.

G - Governança

Gestão de Riscos (Compliance), Transparência Financeira, Rastreabilidade Total da Produção, Auditorias Frequentes.

Acesso a Investidores e Fundos, Maior Credibilidade no Mercado (Bancos e Tradings).


📈 O Mercado de Carbono: O Novo Hedge do Produtor


Um dos maiores benefícios do pilar Ambiental é a possibilidade de o produtor entrar no Mercado de Carbono. Tecnologias como o plantio direto e a ILPF comprovadamente aumentam o sequestro de carbono no solo.


Ao adotar essas práticas e certificá-las, o produtor passa a gerar créditos de carbono, transformando sua gestão sustentável em uma nova fonte de receita e um ativo financeiro. O "verde" vira um ativo tangível que pode ser negociado, funcionando como mais uma ferramenta de hedge contra a volatilidade das commodities tradicionais.


Conclusão do Giro AgroSertanejo:


O ESG não é um custo; é um investimento que garante o futuro do seu negócio, pois abre portas para o mercado global B2B, valoriza seu produto e melhora o acesso a financiamentos. A sustentabilidade se tornou a linguagem universal da credibilidade no agronegócio.


Aqui é Arthur Terra & Viola, com a certeza de que a melhor colheita é a da responsabilidade. Tamo junto!



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